Entrevista exclusiva com Digão do Raimundos

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Fala pessoal, sou Eduardo Daronch e aqui no Independência ou Morte de hoje contamos com um dos maiores frontmans do Rock BR, Digão do Raimundos, que deixa vários toques irados quando falamos sobre a cena atual!

Rock De Verdade – A era digital afetou de que modo o cenário atual para uma das maiores bandas do Brasil como o Raimundos?

Digão: Mudou demais a relação dos jovens com a música, hoje não se ouve um disco inteiro como antigamente, na ordem, isso acaba tirando aquela intimidade que tínhamos com o álbum inteiro, somos resistentes a esse tipo de evolução e o Crowdfunding ajudou bastante a gente a manter o lance de fazer um álbum com começo, meio e fim… Já na parte comercial, estamos na vanguarda do que chamam de mercado.

RDV: O fato da indústria fonográfica passar por uma série de mudança (eu diria transição), foi prejudicial a alguns artistas que eram empurrados pela mídia e tinham uma certa estabilidade lançando seu “CDzinho” e frequentando sempre os mesmos veículos na mídia, já que hoje a uma migração para canais como YouTube, onde o expectador assiste o que quiser, na hora que quiser e quando quiser, , mas do outro lado há uma era de independência, onde todos esforços e investimentos, assim como lucros podem ser destinados a mesma paixão, ao Rock And Roll, alimentando uma grande cadeia, como isso foi positivo para o Raimundos? Cite os pontos positivos dessa possível interação direta com o público.

Digão:  Pra uma banda que viveu as duas épocas fica um pouco complicado, existe uma cobrança injusta de antigos fãs em relação a vendas de hoje com a do passado, não se pode medir dessa forma e bem como você citou, existe uma independência que depende demais do artístico e da relação direta com o público, pois num mercado onde o dinheiro fala mais alto, tem que ter personalidade o suficiente pra sobressair, e aí o Raimundos anda fazendo milagres…

RDV: Para um artista independente, que está começando a dar os primeiros passos no Rock And Roll qual seria a melhor forma para realizar, montar o seu próprio circuito de shows? Qual seria a grande importância da estrada com relação a base de fãs que a banda possa criar?

Digão: Eu acredito num básico, fazer boas músicas, ter atitude nas apresentações e muito suor, correr atrás mesmo! Na era digital você tem que fazer seu produto, mostrar, se relacionar, nada cai do céu! O “Dona Cislene” daqui de Brasília é um bom exemplo do que estou falando.

RDV: Cantigas de Roda, o novo álbum do Raimundos vem tendo um repercussão incrível na Web, mas por trás disso há uma grande alimentação nas redes sociais, devido ao grande números de fãs, obviamente o consumo é muito rápido, há uma equipe de marketing atrás disso como assessoria de imprensa? Ou tudo mundo bota a mão na massa junto?

Digão: Nosso escritório é o grande responsável por esse corre atual, nós ajudamos mas o grosso fica com o escritório, tem que ter alguém botando conteúdo sempre nas redes sociais, o trem é rápido mesmo!

RDV : Qual seria o grande recado para a galera que está começando no meio musical, e quais seriam as dicas para que o artista gerencie a sua carreira de forma segura e promissora.

Digão: Primeiro acreditar muito naquilo que quer fazer, segundo é não correr atrás de modinha, elas passam e você fica pra trás e terceiro se chama TRABALHO, SUOR E LÁGRIMAS! Valeu!

Tom
Tom
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