Within Temptation com maturidade e eficiência, fez grande espetáculo em São Paulo

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O show do Within Temptation em SP começou há mais de um quarteirão de distância dos palcos. A enorme fila de fãs foi um espetáculo à parte para todos aqueles que passavam pela região. Com um público bastante tranquilo, a casa foi preenchida completamente e as expectativas eram grandes, principalmente por não haver banda de abertura, afinal, o show poderia começar a qualquer momento.

Aos gritos de “Sharon“, o público mostrou toda sua admiração pela vocalista que não decepcionou.

Assim que entrou, Within Temptation mostrou uma nova cara como banda. Há um peso diferente no seu som e um distanciamento considerável do estilo que acompanhou a banda em seu início. Entretanto, isso não afeta a qualidade das músicas, muito menos de suas apresentações. Logo de cara, pudemos ver o impacto do atual Within Temptation com “What About Us“. Ao início, gerou um estranhamento no vocal pela quantidade de playbacks dos versos cantados pela participação especial (Tarja Turunen) que não estava lá. A voz de Sharon demorou um pouco a sobressair, principalmente no refrão quando as duas cantam em dueto. Contudo, foi uma questão de costume e tudo se encaixou rapidamente.

Na sequência, vieram as músicas “Faster” e “Let us Burn” e então, Sharon tomou conta do palco. É impressionante a capacidade que ela tem de cantar igual ou até melhor que o CD. A qualidade da sua voz que dificilmente desafina, sua concentração com a banda, interação com o público, coreografia com as músicas, é muito interessante de se ver. Na verdade, a banda toda tem essa mesma postura. É perceptível a entrega de todos, mas ao mesmo tempo que parece algo passional, também transparece profissionalismo. De fato um show de alto nível.

O público não parou um instante, cantou junto, pulou, gritou, fez tudo o que podia o tempo inteiro e isso gerou uma química muito interessante da banda com os fãs. Um momento bastante especial, foi quando Sharon conversou com o público e discursou sobre igualdade entre as pessoas, o valor de cada um e o respeito de suas diferenças. Falou que todos esses conceitos, inspiraram-na a escrever uma música para todas as pessoas que sofrem de alguma forma por serem diferentes – então anunciou  “Stand My Ground” (uma das antigas) que foi muito bem recebido pela público.

Com vários momentos marcantes durante o show, as músicas passaram rapidamente e o setlist que apresentou um grande número de músicas do álbum atual, foi fluindo em um show cheio de energia e muito agradável de se ver. A banda apresentou uma maturidade muito grande e ainda trouxe mais algumas músicas antigas como “Angels” e “Mother Earth” que, em especial, teve sua introdução inteira cantada com muito carinho pelo público. Aliás, o coral que antecede o movimento final de “Mother Earth” foi um momento bastante emocionante para o público que cantou  de maneira ininterrupta.

O público insistiu e gritou várias vezes por “Frozen“, mas o que finalizou o show foi “Ice Queen“. Apesar de não ter atendido o pedido do público, não houve insatisfações durante a noite. Foi uma grande apresentação e valeu cada segundo.

Setlist:
Paradise (What About Us?)
Faster
Let Us Burn
In The Middle Of The Night
Edge Of The World
Our Solemn Hour
Stand My Ground
Summertime Sadness
And We Run
The Promise
Dangerous
Angels
Sinéad
Hand Of Sorrow
Tell Me Why
What Have You Done
Silver Moonlight
Mother Earth
Covered By Roses
Ice Queen

Fotos: Ronaldo Chavenco

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