Estão se perguntando porque vos escrevo num domingo, certo? Simples: Hoje faz 15 anos de um dos meus álbums favoritos, o Enema of the State. Não faz muito tempo que conheci a Blink-182, porém, depois de vencer as barreiras do Xiismo (escrevi um texto sobre, lembram?), o Enema se tornou rapidinho o álbum mais ouvido do ano passado junto com o Bangerz.
O disco marca uma mudança quase que drástica no Blink-182. É o primeiro álbum com o novo baterista, Travis Barker, que se juntou à banda após aprender em cerca de 40 minutos um setlist de 2 horas para cobrir pro Scott num show (antes disso, Travis era daquela banda de nerdões chamada Aquabats). Talvez ele estava lançando muito ferormônio nesse dia, porque Mark Hoppus e Tom DeLonge se apaixonaram pelo cara instantâneamente, e a partir daí surgiu essa nova energia no meio da suruba que conhecemos como Blink: Os meninos achavam que Travis era um músico pica das galáxias e isso fez com que eles se esforçassem para tocar melhor seus instrumentos!
É também o primeiro álbum FORA da Cargo Records. Como vocês sabem, Blink tinham assinado com uma gravadora local e pobrinha chamada Cargo, que lançou o Cheshire Cat (que, por ter distribuição baixa, fez mais sucesso com as cópias piratas que a galera conseguia que com vendas mesmo) e o Dude Ranch (nesse, eles já tinham um contrato de distribuição com uma gravadora grande). Eles estavam crescendo, e as gravadoras estavam LITERALMENTE num cabo de guerra pra saber quem levaria-os pra casa, e foi então que eles assinaram com a Universal Music.
Foi a primeira experiência deles num estúdio bom, com um produtor FODA (Rob Cavallo, que produziu o Dookie do Green Day) e foi o álbum que botou o pop punk no mainstream – claro, não podemos desmerecer Green Day e The Offspring, que abriram caminho para o comeback do punk.
Isso porque nem falei das músicas, né? Cada uma das 12 é favorita (aposto que pra vocês também) e especial em seu jeito e sei lá, simplesmente completa o álbum de forma maneira. Até Man Overboard, que ia fazer parte deste mas acabou ficando pro Mark, Tom & Travis Show, merece uma menção especial aqui. Quem não sabe cantar de cor What’s My Age Again? e All The Small Things e nunca se perguntou porque diabos a banda nunca toca Anthem ao vivo, que atire a primeira pedra!
Sempre rola um debate entre os fãs sobre qual é o melhor álbum do Blink: Alguns dizem que é auto-intitulado de 2003; Outros dão esse mérito ao debut, Cheshire Cat ou ao Dude Ranch, mas PORRA! Pra mim não tem discussão: É o Enema of The State e PONTO. Por todos esses motivos e muitos outros que não citei aqui. (E estou ansioso para que minha edição em vinil chegue logo!) Feliz aniversário, Enema! \o\
Algumas curiosidades que acabei deixando de fora:
– A moça da capa se chama Janine Lindenmulder; Ela é atriz pornô e os meninos só souberam disso um tempão depois! Hoje em dia ela está bem mais cheia de tatuagens e foi presa (acho que ainda está);
– O álbum se chamaria Turn Your Head Up and Cough, mas a banda decidiu mudar de ideia de ultima hora. Por isso a Janine faz aquela pose lá com a luva na capa!
That’s all, folks! Curtiram? Fiquem ligados no Rock de Verdade (e na minha coluna supercalifragilisticexpialidocious) para mais coisas legais.
PS: Esse texto foi feito total e exclusivamente SEM a ajuda do Google!!! Já havia lido bastante sobre tudo do Blink há alguns meses para um artigo, então resolvi testar a memória e ver se me lembro bem das coisas, hehehe.
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