Em meio a tensão política latente, o Armada lançou no dia 4 de Dezembro o EP intitulado Ditadura Assassina. O novo trabalho marca o posicionamento da banda em relação ao revisionismo histórico empregado por uma ala conservadora que tem crescido no país nos últimos anos. “A ditadura militar brasileira foi cruel e assassina, sim! E é uma vergonha ver figuras políticas louvando torturadores e pedindo a volta do AI-5. É triste ver uma parte da população pedir intervenção militar no Brasil“, diz o vocalista Henrike Baliú.
Composto pelas faixas “Nas Trincheiras” e “A Rua de Trás“, Ditadura Assassina já está disponível nas principais plataformas de streaming e também em vinil 7 polegadas colorido pela gravadora Neves Records.
A arte assinada pelo ilustrador brasiliense Paulo Rocker mistura história em quadrinhos com referências que remetem aos tempos de recessão no país. A capa é uma releitura de uma fotografia que estampou os jornais na época, os integrantes da Armada são apresentados em fichas que lembram as do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e as letras de cada uma das músicas aparecem em documentos vetados pela censura.
“‘A Rua de Trás‘ é uma música sobre ser criado no Brasil dos anos de chumbo e faz um paralelo com os dias atuais. ‘Nas Trincheiras’ é a estória em primeira pessoa de um jovem soldado enviado para lutar na guerra, onde perde a inocência da juventude e testemunha os horrores que o homem comete contra seus similares“,revela o vocalista.
“Nas Trincheiras” ganhou um ganhou lyric video idealizado por Henrike e editado por André Riolo, você pode conferir abaixo:
O Armada é formado por ex-integrantes da banda punk rock Blind Pigs, que decidiram ampliar os horizontes sonoros e fizeram sua estreia em 2018 com o álbum Bandeira Negra“, que contou com as participações especiais de Sérgio Reis e Kiko Zambianchi.