A banda Cartas Para Bill, formada em 2014, lançou recentemente seu primeiro single “Jardim Encantado“, que você confere logo acima aqui no Rock de Verdade.
O quinteto é formado por Jean Kartabil (voz, violão, guitarra,gaita e ukulele), Lester Borges (voz, guitarra, banjo e flauta), Marcelo da Luz (slide, guitarra e violão), Pedro Ourique (baixo e teclado) e Matias Jardim (bateria).
O grupo já tocou em lugares muito importantes como o Festival Mascarada Eco Rock, Espaço Cultural Lechiguana, London Pub & Bistrô, Urro! IV Encontro por uma Educação Libertária, etc. A sonoridade da banda é bem ampla, remetendo aos anos 70: Folk, Country, Rock Alternativo e Psicodelia.
A Cartas para Bill surgiu da vontade de explorar novas maneiras de compor. Dos primeiros encontros já surgiram algumas das canções que compõem o repertório autoral (e atual) da banda. As influências de estilo, gênero e estética musical permeiam as mais variadas ocasiões do grupo, ou seja, desde a composição e produção das canções, buscando um requinte melódico; ou nos arranjos que funcionam e trabalham nos espaços, no vazio, no silêncio e, por vezes, no caos. O mesmo perfeccionismo está presente na forma de captação, timbres e gravações.
Os equipamentos analógicos são utilizados sempre que possível e sempre que disponíveis. A amplitude harmônica desses equipamentos são incomparáveis, e fazem parte da nossa referência acústica. O ruído de fundo é o tempero dos bons discos dos anos 70 (e de todos os tempos), e resgatamos isso naturalmente, na medida do possível e do aceitável.
Atualmente, a banda trabalha nos arranjos das canções que estarão no EP e também nas músicas executadas ao vivo. Por falar em ao vivo, Cartas para Bill tem uma diversificação muito grande de instrumentos, que são tocados quase que indefinidamente por seus integrantes. É um dos pontos altos da sonoridade da banda. Apenas para citar alguns desses instrumentos: guitarras, slide, flauta transversal, ukulele, banjo, chocalho, harmônica e violão.
A justificativa para esse nome tem a ver com a estética e ideologia da banda. Apesar das formas atuais de comunicação, o envio de cartas ainda é possível e funciona bem (se tiveres o endereço do Bill e mandares uma carta, ele receberá e responderá). O som analógico, igualmente, nunca perdeu seu prestígio, muito pelo contrário: pessoas voltaram a comprar o bom e velho vinil, não é verdade?
Há algo de encantador, mágico e hipnótico no som do atrito da agulha com o disco, mas, além disso, existem harmônicos em abundância, harmônicos também existentes nos equipamentos e instrumentos analógicos de gravação e masterização. Porém, infelizmente, essa sonoridade encantadora, mágica e hipnótica está sendo substituída por formas extremante digitalizadas das gravações contemporâneas, de mainstream; mas que já se estendem para estúdios e home estúdios, devida facilidade da (mau) produção musical.
Entre os integrantes da Cartas para Bill, há uma reflexão constante sobre a relação dos povos com a arte, com a canção, com a composição e, por que não, com a transcendência que a música propicia, seja na relação reminiscente, emocional ou psicodélica (e tantas outras mais, afinal, para ti, o que é e como funciona a arte? A canção? ). Essa reflexão é estimulada nos shows, por isso, não fique de fora! Compreensão e o fortalecimento cultural da nossa geração depende de todos nós.
Curta a banda no Facebook.