Mais de 10 anos de experiência nos palcos como banda e uma vontade de repartir seus pensamentos e desejos com o público enquanto exploram o novo: tudo isso pode resumir as 3 músicas que compõem o primeiro trabalho que a Eu, a Véia e os Caras (formada em Limeira/SP) lançou o EP “Lacuna“.
O registro tem inspirações distintas para cada música, como na faixa título – inspirada no já clássico filme cult “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças“, que dá abertura ao EP, com uma sonoridade pesada e densa e letra que, assim como o filme, aborda arrependimentos: “Num impulso, um desdestino, um desquerer” canta o vocalista Guilherme Bisca.
“Alcancei“, a segunda faixa do trabalho, tem uma história forte envolvendo o guitarrista Véia, que fora da banda trabalha como estomatopatologista (área da odontologia responsável pelo diagnóstico e tratamento de lesões envolvendo a região de cabeça e pescoço, incluindo doenças ligadas ao câncer).
“Foi exatamente por ver de tão perto os efeitos colaterais da doença e do tratamento do câncer que surgiu a ideia de uma música com esse tema. E, enquanto a música se estruturava, cada vez mais ela pedia que o foco fosse menos a doença em si, e sim as histórias de superação. O Véia conseguiu tocar num tema mais abrangente, com o qual todos da banda e vários dos fãs conseguiram se relacionar de forma mais direta e, especialmente, de forma muito profunda“, comenta o vocalista Guilherme.
Influências de bandas de metal do começo dos anos 2000 como Papa Roach, Limp Bizkit e P.O.D, além de grooves que remetem ao Red Hot Chili Peppers aparecem por todo o EP, mas colocadas em um contexto contemporâneo graças à produção caprichada que o trabalho recebeu. As gravações aconteceram no estúdio Juninho Sarpa Music, em Artur Nogueira/SP, e a produção do disco ficou por conta de Hugo Silva.
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