Fizemos uma entrevista exclusiva com Jean Muller, líder e vocalista da Odidodi, que nos fala um pouco sobre o novo disco da banda, o futuro, a procura de novos de novos integrantes e muito mais. Confira a entrevista logo abaixo:
Nos fale um pouco sobre esse novo trabalho da banda?
Então, eu não queria dar muito spoiler (risos), porém, esse novo álbum esta “bemm” pop, tanto que eu estou até com medo de queimar o filme da banda. Porém, apesar das mudanças e do conceito “bipolar” que temos de um álbum para outro, mudamos sem abandonar o Punk, que é nosso gênero principal. Então digamos que esse novo trabalho esta no formato Pop Punk, o Pop Punk 2000’s para ser mais exato.
A Odidodi ainda continua como “a banda de um homem só”?
Então, mais ou menos! Vou explicar. Desde que comecei a Odidodi, estou atrás de membros para a banda. Após o lançamento do disco “Realidade“. Consegui um integrante André Fajarda, graças a Adreana Oliveira, jornalista, que me ajudou com a divulgação do “Realidade” e me apresentou o André.
Um ótimo guitarrista e pau para toda obra também. Já tem um ano que ele esta na banda, porém como nesse novo álbum a maioria das músicas já estavam escritas, ele não teve sua participação criativa musical na coisa, ainda não! E a gravação dos instrumentos nesse novo disco, ficou por minha conta mais uma vez, devido ao fator “tempo”.
Então querendo ou não, esse novo álbum, é uma banda de um homem só, mais uma vez… Foi meio que contra a minha vontade, mas era assim ou de jeito nenhum.
O André Fajarda será de suma importância na turnê desse novo disco e no próximo trabalho. Ele possui muita técnica, já trabalhou como Roadie, e seu conhecimento e experiência são indispensáveis. Ele tem uma pegada muito Rock n Roll, Blues, e esta influenciando muito a banda e participando das composições das nossas futuras músicas. E aliás, a Odidodi precisa de mais dois membros até o lançamento desse novo disco, um baterista e um baixista!
Você disse sobre ir para Pop. A banda será pop agora?
Não, não… Nenhuma banda sobrevive se não ir para âmbito pop. Sempre foi assim e sempre vai ser. Então a banda possui esses dois lados, o lado punk e o lado pop. A ideia não é ficar no “underground” por toda a vida. Precisamos de dinheiro, e no POP tem sobrando (risos). E confesso que gosto do pop. O Pop de qualidade é claro.
“Quando se fala sobre as verdades do governo brasileiro, a Lei Rouanet não te apoia. Quando se fala sobre a sociedade de hoje em dia e o quanto ela é alienada, ninguém gosta de ouvir a verdade e consequentemente não vende, e se não vende, não é interessante para ninguém”
Você disse sobre um próximo álbum. Ainda não lançaram o novo e já tem próximo?
Sim! Já tem muita coisa pronta desse “próximo álbum”. Mas nada ainda produzido em estúdio. Compor é um processo mais rápido, agora produzir é um processo muito detalhista e demanda muito tempo! E acaba tendo esse “congestionamento” de músicas para produção.
O nosso próximo álbum já tem até nome. Pretendemos explorar o mais complexo e musicalmente melhor gênero do rock, o Metal. Estou utilizando muitos elementos do trash metal nas músicas, que é um subgênero do metal que se assemelha muito com o Punk. E os dois misturados, é lindo de ouvir. Soa bem agressivo.
Esta sendo uma tarefa difícil. Quem sai do punk e vai para o metal sabe o que eu estou falando (risos). No Metal não existe o “Do it yourself”, é muita complexidade e técnica envolvida. Estou tendo que aprender muita coisa. O André com a sua pegada, esta criando muito riff Rock n roll, solos bem trabalhados, deixando as músicas melhores ainda. Então acho que adiantando isso, o fator “queimar o filme da banda” diminui um pouco.
Voltando ao novo disco, tem alguma previsão para lançamento?
Eu quero que saia no começo desse ano ainda, mas querer não é poder. É muito música nesse novo álbum, 19 no total. E não vai sair single desse disco, tudo será lançado de uma vez, já que todas as músicas são um single. Acho bom entrar em detalhes nisso para justificar caso demore além do esperado.
Todos os instrumentais das músicas já estão gravados, e estou trabalhando agora nos vocais, do qual eu nem imaginava que iria-me dar tanto trabalho. Por se tratar do POP, o vocal é extremamente importante. Precisa ser muito bem produzido. E isso demanda muito tempo. Apenas 3 músicas possuem uma pegada mais punk e deixa o pop de lado.
Por que você esta caracterizado de palhaço em várias fotos dessa vez? Tem algum motivo para isso?
Sim! O novo álbum foge totalmente de tudo que já fizemos, e é para ser assim. Esse novo disco tem muita música “POP Feliz”, e como um palhaço, estou interpretando um personagem. Me caracterizei dessa vez para entreter as pessoas, da mesma forma que um palhaço, não estou sendo “eu” de verdade.
Porque esse novo álbum foge da “Realidade”, e suas musicas vão alegrar as pessoas. Sabemos que a gravadora da Odidodi, é da própria banda. A Queijo Corps.
Vocês também gravam outras bandas? Dê mais detalhes sobre a gravadora.
Ainda não gravamos outras bandas. Quem sabe em breve. Demorou anos para montar a gravadora, e mais um ano para conseguir a papelada para atuarmos como uma gravadora de verdade. Quando se é do gênero punk, existe um certo preconceito musical envolvido.
Você não consegue assinar com grandes gravadoras, e se consegue, querem te moldar da forma deles, e isso foge muito da ideologia punk. Por isso grandes bandas com seus alicerces no “PUNK” são criadoras das suas próximas gravadoras. Demorei para ter essa sacada.
Quando se fala sobre as verdades do governo brasileiro, a Lei Rouanet não te apoia. Quando se fala sobre a sociedade de hoje em dia e o quanto ela é alienada, ninguém gosta de ouvir a verdade e consequentemente não vende, e se não vende, não é interessante para ninguém.
Obrigado pela entrevista Jean! E esperamos pelo novo álbum da Odidodi. Sucesso para vocês.
Muito Obrigado, eu que agradeço. E espero falar com vocês em breve novamente.