Neste mês, na quarta-feira (6), a sessão da Câmara de Vereadores de Florianópolis, no dia da morte de Alexandre Magno (popularmente conhecido como o Chorão da banda Charlie Brown Jr.), um político expressou polemicamente sua opinião perante a morte do artista.
O vereador Pedro de Assis Silvestre (PP), foi interrompido pelo vereador Tiago Silva (PDT) enquanto fazia um apontamento sobre o quão significou o roqueiro para a construção de pensamentos de toda uma geração e a quebra de paradigma que, devido ao vocalista Chorão, ocorreu no âmbito de alguns esportes (o skate e surf).
Assis Silvestre ainda deixou seu pesar aos fãs e à família do músico, que foi encontrado morto em seu apartamento, em São Paulo.
Por fim, Tiago, ao microfone, tomou palavra dizendo as seguintes palavras “o Brasil não perdeu nada. Primeiro que ele não cantava nada. Deve tá ‘chorando’; já foi tarde, a meu ver. Não deixou nenhum legado, nenhum exemplo nem na área cultural nem na adolescência brasileira”.
Constrangido, Assis Silvestre colocou que talvez este não fosse o estilo musical que Silva gostasse. E sem retirar ou se preocupar em amenizar sua crítica, Tiago Silva ainda enfatizou que Chorão “não tinha estilo nenhum e já foi tarde!”.
Tal manifestação do vereador consequentemente causou grande repercussão na internet e demais meios de mídia, levando a situação a um patamar onde Tiago Silva teve que se desculpar (afinal, um homem que é eleito pelo povo deve defender as minorias, ajudar aos viciados na busca por assistência e entender que a cultura do país é algo maior que seu gosto musical.)
Por fim, ele se desculpou com os fãs e demais que se rebelaram com sua manifestação anterior discursando na segunda-feira (11)
“Eu errei em criticar a figura do artista. Reconheço isso, mas naquele momento eu estava querendo abrir um debate, que é a questão das drogas. Quantos Chorões morrem no seu cotidiano? Muitos jovens anônimos morrem diariamente em consequência das drogas. A forma não condiz com o sentimento que eu tenho; foi mais na velocidade de combater as drogas“.