“A ideia de formar uma banda surgiu nos tempos de escola”, comenta Diego Rodrigues, baterista da Fire Clocks. “Um tempo depois tentamos formar um power trio, só que quando marcávamos ensaios, o baixista não ia. Começamos então a ensaiar só os dois, guitarra e bateria. E aí pesquisamos sobre bandas que fazem duos e fomos aprendendo a compor assim.” A dupla, composta por Diego e Ferdinicio Fernandes, já está na ativa há um ano e meio e desde o início tem como prioridade a composição de trabalhos autorais. “Nunca tocamos cover.”
O nome Fire Clocks foi sugestão do guitarrista/vocalista Ferdinício, e segundo Diego, é associado as mudanças e ao turbilhão de coisas que aconteceu em tão pouco tempo na vida deles. “Para uma banda, a maior dificuldade geralmente é encontrar um nome. Você meio que já tem em mente a ideia de som, ideologia e tudo… Mas no nosso caso, primeiro encontramos o nome e depois demos um significado a ele”.
“Fazemos parte do Coletivo COBAIA, que visa fazer com que a cena se valorize mais e, claro, fazer com que mais eventos aconteçam”, diz. “As vezes, uma banda quer fazer um show mas não dispõe do equipamento necessário e com o Coletivo, cada um tem um pouco, a gente junta tudo e consegue fazer o evento.”
O COBAIA (já falamos sobre ele aqui) é uma ideia das bandas de Mossoró/RN para amenizar a falta de apreciação do trabalho autoral na cidade. “Pessoal não contrata bandas que possuem trabalho autoral, é foda”. Alguns bares, como o Mamba Negra, estão trabalhando para mudar esse quadro e geralmente apoiam várias bandas independentes da cidade. “Quando vamos para outro lugar, ficamos impressionados. Fizemos, na cidade de Umarizal/RN, o ZL Toca Rock nas Alturas e tivemos um público maior do que jamais tivemos em Mossoró – e olha que já tocamos lá faz tempo”.
Este ano, a Fire Clocks lançou seu EP de estreia. Intitulado “Liberte“, é composto por cinco músicas que mostram influências Grunge e Stoner, em especial nas músicas “Mais Um” e “Quente“. Você pode dar uma conferida no trabalho deles no player a seguir. Se gostou, dá um curtir na página deles do Facebook e fica ligado nas novidades da banda!
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O DoSol acabou há algumas semanas, mas pude conferir duas das várias edições do festival que rolou em trocentos estados do país e juntou bandas gringas e nacionais. Isso significa que conversei com um MONTE (4, hahaha) de bandas e vai rolar um monte de postagem legal esse mês! Uma delas é esta aqui, sobre a Fire Clocks.