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Correria Music Fest: sonzeira na Baixada Santista

No domingo (30/08), o Bujas Garagem Bar foi palco do Correria Music Fest, um show que só ocorreu graças aos esforços das três bandas de Santos que se uniram para fazer o evento acontecer. Após alguns imprevistos com a casa de show que iria abrigá-lo, as bandas se organizaram e com apenas cinco dias, conseguiram organizar o evento, que apesar de não estar lotado, atraiu um público que ficou do início ao fim de todas as bandas. Um dos integrantes da Banda Sinera, Bruno Alves, já conhecia o dono do Bujas Garagem Bar e assim conseguiu fechar a data mesmo com um evento já programado pela casa que ocorreu após o Correria Music Fest.

O evento começou com a banda Bomba Sônica, formada por Luiz (vocalista), Thiago (guitarrista), Lorenzo (baixista) e Guilherme “Ilário” (baterista). O show começou com muita energia mesclando o repetório de músicas próprias e covers, assim como todas as bandas que tocaram no dia. As músicas possuem letras bem fortes, a maioria de protesto e uma batida bem marcante que dominou a noite. A banda, que já havia tocado no lugar, começou em meados de 2011, tem influências de Planet Hemp, Charlie Brown Junior, Rage Against the Machine e auto-intitula a sua música como um “Rock Rap Caiçara”. Em entrevista, disseram que costumam tocar em eventos independentes principalmente nas cidades de Santos e São Paulo e estão na fase final das gravações do seu disco que tem previsão de lançamento para o começo de 2016.

Em seguida, foi a vez da banda Sinera formada por Guilherme Pelegrino (vocalista), Hugo Cavalcante (guitarrista solo), Bruno Alves (guitarrista), Felipe Nunes (baixista) e Bruno Ferreira (baterista). A banda que nitidamente tinha um som bem mais metal do que a primeira, também não deixou barato e balançou a casa ao som dos fortes riffs de guitarra, uma bateria com pedal duplo moendo e um vocal alto que fazia tremer qualquer um que passasse por perto. Um cover de Pantera orquestrado de forma digna agitou o público que não se cansou até o final da última música.

A banda começou em 2010, tem influências de Trivium, Pantera, Bullet for my Valentine entre outras, e auto-intitula seu som como um “Metal Moderno”. Em entrevista, dizem que o processo criativo da banda geralmente começa pela composição dos riffs e depois com a letra, respeitando a ideia de todos os integrantes. “A composição do som, mais do que a letra, passa a real mensagem da música” diz Guilherme. Destacam a importância de haver eventos como esses, que priorizem a música própria das bandas, mesmo que o cenário atual da baixada santista ainda seja de bandas covers. Possuem um EP intitulado “Labirinto”.

Finalizando a noite com muita energia veio a Banda Depois da Tempestade, formada por Victor Birkett (vocalista), Rafael Gonçalves (guitarrista), Dennys Andrade (guitarrista), Diego Andrade (baixista), Bruno Andrade (baterista) e “Maru” (tecladista). O som bem psicodélico e vibrante dessa banda atraiu o público para a frente do palco, que cantava todas as músicas junto com o Victor, que estava descalço e esbanjava sentimento nas músicas, o som do teclado com certeza fazia toda a diferença nas músicas dando um clima mais “místico” para o show, assim como o Maru que botava todo seu sentimento em cada música. Ao acabar o show, o Victor colocou suas mãos ao chão com sentimento de gratidão por esse belo espetáculo.

A banda começou em 2012 e logo no primeiro ano já lançou um single e um EP intitulado “O Sol nascerá”. Tem influências de metalcore, rap e MPB, buscam expressar suas vidas através da música, assim as tornando bem viscerais e com diferentes visões, política, espiritual e sentimental. Desde 2013 a banda apresenta apenas suas músicas próprias se atentando em fazer um set list interativo para prender a atenção do público. Fizeram shows em várias cidades de São Paulo e em outros estados, como o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Atualmente têm um single e três EPs lançados e estão se preparando para o lançamento do CD no primeiro semestre de 2016. Destacam a importância da mídia dar atenção a esses eventos, para que o público compareça mais e fortaleça a cena da Baixada Santista. Para a banda o show saiu conforme o planejado e encerram dizendo: “Casa cheia ou só a gente, o importante é tocar.”

As músicas das bandas se encontram na maioria das plataformas digitais como facebook, instagram, soundcloud, rdio, youtube, deezer, itunes, spotify.

As bandas que tocaram no dia Bomba Sônica, Sinera e Depois da Tempestade agradecem a casa pela oportunidade e a disposição e boa vontade do público.

 

Autora: Marina Ferreira
Editor chefe: Will Batera
Fotos: cedidas pelas Bandas

Nina Grave

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