Quantas vezes você já ouviu, ou até mesmo disse ”as bandas nacionais (ou novas) só copiam as bandas antigas, nada original, o rock morreu”? Tenho certeza que pelo menos uma vez na vida, mas será que essa informação é válida? Seria a falta do cabelão sujo?
Muitas pessoas mantém o discurso ”na minha época tudo era melhor”, e isso cria um pré-conceito e uma ignorância gigantesca. Sim, foi no passado que os ”deuses” do rock surgiram, mas por quê? Em primeiro fator, eles quebraram um paradigma, criaram algo novo, surpreenderam, e durante gerações, suas músicas foram ouvidas. Um segundo fator que facilitava essa bandas era a ausência de uma mídia consumista e de um mercado musical voltado ao entretenimento. O rock tinha um propósito, protestar, mas foi perdido? Não, não foi.
Na atual mídia voltada ao mercado musical, com gêneros com função de entreter (como o funk), uma música de protesto, um rock, é difícil aparecer. Muitas vezes não vende, não emplaca, não faz sucesso, mas por quê (usarei essa expressão diversas vezes nessa matéria)? Por causa do preconceito. ”Essa banda copia Metallica (ou Iron Maiden)” é a frase mais usadas por esses ”rockeiros quarentões”. A falta de conhecimento e até mesmo de interesse em conhecer o novo rock provoca um caos no rock inteiro, visto que bandas boas, excelentes por sinal, perdem a chance de aparecer no mercado.
No mercado musical internacional isso é visto de forma clara, mas focarei no nacional. O Brasil tem muita banda excelente, de qualidade altíssima, porém apenas as dos anos 80 e 90 recebem conhecimento. Será culpa das bandas, por serem ruins (de acordo com produtores, a imprensa e os tiozões) ou culpa de quem ouve? Já cansei de ver ídolos nacionais elogiando bandas atuais, gringas também. Se os seus ”deuses perfeitos e donos da razão” curtem um som novo, por quê você não se permite entrar nessa viagem?
Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e o resto do Brasil deram origens a grandes bandas, como Capital Inicial, Legião Urbana, Paralamas e Titãs E hoje? Dão origens a grandes bandas. Outro argumento usado pela aversão do rock atual é que ”tudo é emo, não tem o que protestar, música de corno”. Sim, isso é um argumento usado -e muito. Argumento infeliz. O rock ”emo” (termo triste, de pura ignorância na minha opinião) existe, sim, mas sua aprovação ou rejeição varia do gosto de cada pessoa. Não é válido rejeitar um estilo musical inteiro por você curtir uma vertente. Isso dá origem a ”guerrinhas” entre bandas e estilo, algo nada sadio.
É importante analisar o contexto que o mundo se encontra atualmente. O ser humano é cobrado muito mais, precisa render mais que todos seus concorrentes. Uma crise existencial constante existe, e isso muda o alvo da música. Se antes, o protesto contra a política e o governo era o maior assunto abordado, a guerra sem fim contra si mesmo é o atual tema preferido. É abordado as dificuldades impostas, os desafios, e até a superação. Músicas complexas, bonitas, difíceis. Falando de Brasil, poucas bandas do passado lidavam com complexidade (não apenas musical). Você deve está me xingando e falando ”ah Legião Urbana era complexo pra caramba e blablabla”, sim, mas é diferente. Vivemos em um novo mundo, realidade diferente, e isso reflete na música. É livre preferir a música antiga à atual, mas você pelo menos a conhece, tenta interpreta-la e entende-la? Grande parte da população não.
Com base nos argumentos apresentados, quero saber sua opinião. Por quê o rock 2000 sofre tanto preconceito (se achar que sofre)?
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