“É tão estranho, os bons morrem jovens…”

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É com essa frase de uma música da Legião Urbana que começo essa coluna, pra falar de um assunto que infelizmente tem sido recorrente durante o ano: a partida de ídolos da música. Faz pouco tempo que li nas redes sociais o anúncio da morte do ex-cantor do Charlie Brown Jr., Alexandre Magno Abrão, o famoso Chorão, e pouco tempo depois o ex-guitarrista da banda da Pitty, Peu Sousa, quando na madrugada de hoje (09/09) recebi a notícia da partida do ex-companheiro de banda do Chorão, Luiz Carlos Leão Duarte, conhecido como Champignon. As causas da morte dos dois ainda geram algumas especulações, porém o mais aceito são aquelas que já vitimaram tantos ídolos rockeiros antes deles: overdose e suicídio.

 
Se há algo mais clichê na vida de astros do rock que excessos, eu não sei; mas não sou moralista a ponto de condenar a conduta de meus ídolos, nem cego o bastante para me envolver no caminho que eles trilharam, e que invariavelmente, é sem retorno. Prefiro me manter neutro quanto a isso. Essa é uma questão que transcende as opiniões que freqüentemente encontramos em postagens de redes sociais.

 

Os fãs os defendem, afinal fizeram parte da história da vida deles que cresceram embalados por seus hinos juvenis cantados com toda atitude; já os que não são tão fãs, e até mesmo os oportunistas que se aproveitam dessas situações para angariar alguns segundos de visibilidade nas mídias, os esculacham, cuspindo o velho discurso de que eram conscientes da vida desregrada que levavam, e que a última lição que deixaram para os fãs é a de que não sejam como eles.

 

Pois bem. Creio que o buraco seja um pouco mais embaixo. E que não estamos suficientemente por dentro da situação para julgar.

 

Com todos esses acontecimentos recentes, a questão que martela em minha cabeça é a seguinte: seria a fama (ou falta dela) essa coisa tão maléfica a ponto de ceifar a vida de nossos ídolos? Seria ela de alguma forma responsável pelos problemas que lhes acometiam? Tanto familiares, financeiros, psicológicos, a ponto de procurar subterfúgios que lhes prejudicassem? Deixo vocês com essa indagação. Aos fãs ficará sempre a obra dele como conforto. E aos acusadores, espero que tenham a consciência de que, apesar dos pesares, toda perda de uma vida é uma perda.

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