A enigmática briga que gerou a separação do Guns N’ Roses na década de 1990, especialmente entre o vocalista Axl Rose e o guitarrista Slash, segue misteriosa e com várias especulações. Os envolvidos, especialmente Rose, pouco falam sobre o tema.
Durante entrevista concedida à Rolling Stone Brasil, o ex-empresário da banda, Doug Goldstein, falou sobre o assunto. Ele foi apontado por Slash como o pivô da separação da banda, apesar de não tirar a responsabilidade dos próprios músicos pelo ocorrido. Segundo Goldstein, o guitarrista se equivocou. “Amo Slash, é um dos meus favoritos no mundo e por algum motivo ele pensa assim“, afirmou.
Acusado também de ser o culpado pelo contrato que os ex-integrantes da banda passaram o nome Guns N’ Roses para Axl Rose, Doug Goldstein se eximiu da culpa. “Naquele dia meu filho nasceu, a gente não estava nem no mesmo continente, eles estavam em Barcelona e eu estava na Califórnia. Me confundiram com o empresário da tour, porque andavam bebendo bastante naquele tempo e não lembram“, disse.
Sobre a separação da banda, o ex-empresário jogou a culpa para outra pessoa: o astro pop Michael Jackson, falecido em 2009. “Em 1991, estávamos na estrada, Slash foi até minha sala e disse que estava partindo para tocar com Michael Jackson em um show tributo. Disse para ele não fazer isso, porque Axl foi molestado pelo pai quando tinha dois anos e acreditava nas acusações contra Michael Jackson. Todo mundo sabia que Eddie Van Halen recebeu US$ 1 milhão pela participação em “Beat It”, então, perguntei ao Slash quanto iria receber. Ele disse que só ganharia uma televisão de tela grande“, contou Goldstein.
Segundo Doug Goldstein, Axl Rose ficou arrasado quando soube que Slash tocaria com Michael Jackson em troca de uma televisão. “Ele achou que Slash iria apoiá-lo e ficaria contra todo o abuso. Do ponto de vista do Axl, esse era o único problema. Ele poderia ignorar as drogas e o álcool (com os quais o guitarrista teve sérios problemas), mas nunca poderia ignorar o abuso infantil“. Ainda de acordo com o ex-empresário, para garantir uma reunião da formação clássica do grupo, bastaria que Slash pedisse desculpas a Rose pela situação com Michael Jackson.
Apesar do ex-empresário garantir a veracidade dos fatos, há algumas discrepâncias em seu depoimento e falhas na apuração. O guitarrista Eddie Van Halen afirmou inúmeras vezes que não recebeu nada pela participação em “Beat It” e que recusou qualquer pagamento posterior. Michael Jackson foi acusado de abuso sexual em 1993, pelo jovem Jordan Chandler, à época com 13 anos, enquanto a parceria com Slash aconteceu em 1991, dois anos antes do caso se tornar público, o que impossibilitaria a chateação de Axl Rose à época.
Fonte: Igormiranda.com.br
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