Michael Peter Balzary, mais conhecido como Flea, baixista do Red Hot Chili Peppers, lançou nessa última terça–feira (05) a autobiografia “Acid For The Children”. O livro aborda muitos acontecimentos da vida do músico até o início da formação do grupo, desde a infância, a relação com a banda, as experiências homossexuais e as questões com drogas.
Os primeiros capítulos do livro narram sobre a infância na época em que ele vivia na Austrália, local onde também nasceu. Segundo o músico, “realmente seguindo as regras da década de 1950”.
Flea compreendeu como gostaria de quebrar estereótipos de sexualidade com o beijo negado pelo pai. Ainda, relembrou como a comunidade gay foi influente no começo da carreira dele: “A comunidade gay de Los Angeles foi a primeira a abraçar os Chili Peppers”.
Exatamente por isso, o baixista preferiu deixar as experiências homossexuais – mesmo tendo escrito sobre – fora do livro por sentir que este não é o local de fala dele: “Eu não queria que fosse algo sensacionalista. Para mim, não foi nada demais. Eu estava experimentando e concluí que ‘ei, não sou gay’. Então essa não é realmente a minha história”. Vale lembrar que o Red Hot Chili Peppers já posou para a revista de pornô gay “In Touch”.
Com 6 anos de idade, o baixista passou por uma situação muito delicada quando o pai dele negou um beijo que ele pediu devido ao posicionamento conservador da família, o que o fez refletir muito sobre a sexualidade anos mais tarde.
Aos 7 anos, Flea já morava nos Estados Unidos. Ele precisou lidar com a separação dos pais e o novo casamento da mãe com um homem “estranho e violento”. No entanto, foi com o padrasto Walter Urban Jr. que o baixista criou o apreço por música, porque o novo marido da mãe levava os amigos em casa para tocar jazz.
Aos 11 anos, o músico já fumava maconha todos os dias, sem supervisão da mãe e do padrasto e vivendo em “partes sombrias” de Hollywood. Inclusive, a capa de “Acid For The Children” traz ele aos 12 anos fumando um cigarro de maconha.