Na madrugada de Sábado para Domingo rolou mais uma edição do SP Na Rua, um evento que congrega vários palcos, além de instalações e performances artísticas. O evento que é voltado para a música eletrônica teve um encerramento extremamente desagradável. O centro de São Paulo amanheceu totalmente pichado e com muito lixo nas ruas.
A Galeria do Rock, tradicional centro comercial da região, teve os portões e detalhes em madeira (segundo relatos, madeira de lei) pichados. O Sesc 24 de Maio, uma unidade do Senac, lojas, bancos, prédios residenciais e até uma parede do Theatro Municipal que ficam na mesma via também foram alvos dos vândalos. Antônio de Souza Neto, administrador da Galeria do Rock, relatou que os seguranças que fazem a proteção do centro comercial estavam presentes no momento do vandalismo e tentaram convencê-los de não praticar o ato por meio do diálogo, porém não surtiu efeito. “Eles não tinham como impedir as pichações, era um grupo grande”, comentou. Ainda disse que isso não ocorria desde a troca do portão, há 15 anos.
Os moradores da região estão muito revoltados com a situação, disseram que alertaram a prefeitura para que não fizessem o evento no local. Esse evento ocorria próximo ao Vale do Anhangabaú, porém como ele está passando por reformas no momento, a prefeitura resolveu realocar para o Centro Novo. Além das pichações, portas e janelas de vidro também foram quebradas, a programação do Sesc ficou totalmente coberta pelas pichações.
A prefeitura informou que tomou medidas preventivas, com a responsabilidade da segurança pública e patrimonial do evento, haviam equipes da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana, que disponibilizou como reforço 34 agentes em 17 viaturas para o evento, que em 2019 atraiu 50.000 pessoas. Dez pessoas foram presas em flagrante, um jovem de 19 anos, que danificou sinalizações do Metrô foi indiciado e encaminhado para uma audiência de custódia, os demais detidos foram ouvidos e liberados.
Desde 2017, uma lei municipal estabelece multa de R$5 mil para vândalos em casos de pichações. Se o ato for praticado contra patrimônio público ou bem tombado, o valor sobe para R$10 mil. A multa dobra em caso de reincidência. Agora só resta saber se a lei realmente será aplicada, pois em casos como os que aconteceram na Paulista há 4 meses atrás, onde foi aplicada uma multa de quase R$18 mil reais aos integrantes do grupo Children Of The Beast, um cover de Iron Maiden, não pensaram duas vezes.
Penso também que se houve detidos em flagrante, porque não fazer com que os mesmos que picharam, limpem a sujeira que fizeram? Pois quem está limpando são os funcionários dos estabelecimentos comerciais que não tem nada a ver com a bagunça feita. Esperamos que a prefeitura tome medidas para que o ocorrido não se repita e puna as pessoas que ocasionaram todo esse transtorno.