É uma questão de gosto particular. Mas eu não gosto do Ghost. Apesar de todo o hype em volta da banda, ouvi os dois álbuns lançados até o momento e simplesmente não desceu. O instrumental é até legal, mas o vocal não me desce. Alguns amigos meus não acreditaram, mas não gostei.
Enfim… no entanto, esse texto chama a atenção para outro aspecto. Goste ou não, o Ghost é um “mal necessário” ao rock contemporâneo. Por diversos motivos que serão listados a seguir.
O primeiro (e principal) é o impacto visual. Certa vez, Nikki Sixx, baixista do Mötley Crüe, disse: “Se há algo que os músicos jovens precisam aprender é que não dá para parecer um roadie e estar em uma banda. É preciso se vestir como um rockstar“.
E ele estava certo. Talento musical é a parte mais importante, mas não é tudo. Muitas vezes, uma boa produção – visual, em especial – diferencia a boa banda do seu colega de uma banda consagrada de rock. Isso acontece porque muita gente nasce com talento e muita gente nasce com bom senso, mas nem sempre nascem com os dois.
O segundo é a atitude. Os integrantes da banda se portam como rockstars, com declarações contundentes e presença de palco impactante (algo que esbarra também no impacto visual).
Eles parecem inatingíveis e isso é interessante para alguém que se porta como uma estrela do estilo. Não precisa ser inatingível em todos os casos – apenas parecer que é. Nesse caso, é necessário estar “segregado” em “outro universo“, pelo sigilo da identidade real dos membros.
Não há como lembrar do Kiss na década de 1970, claro que com ressalvas para as diferenças. O anonimato completo do grupo é algo que eu imaginava ser impossível em tempos de globalização e desenvolvimento tecnológico. Os caras poderiam ser flagrados sem as fantasias. Mas eles se preservam em prol da mística.
O terceiro é a proposta musical diferenciada e bem definida. Mas aí vem a pergunta: o Ghost nada mais é que uma mescla de muita coisa que já existe, como isso seria possível?
A mistura gera um novo produto. As influências de Mercyful Fate e Blue Oyster Cult aliadas à toda essa coisa épica, com intervenções adaptadas da música sacra, dão a identidade do Ghost. Identidade de verdade, da origem da palavra, porque isso é só deles.
O quarto é a preocupação em oferecer um bom show, comprovada em larga escala aos brasileiros através da apresentação no Rock In Rio 2013. Não apenas por todos os fatores visuais e criativos comentados: a performance é boa.
Aliás, eles parecem realmente se preocupar em manter a banda entrosada, sem erros durante a execução das músicas (o mínimo que um músico deve fazer, mas não foi muito obedecido em algumas outras performances do festival). Aplausível.
Em comparação às bandas que se destacam na atualidade dentro do rock, o Ghost se diferencia muito por tais aspectos. Se não fosse importante, não seria um dos novos grupos mais falados de 2013. E nem chegariam ao palco principal do Rock In Rio com poucos anos de existência e apenas um disco lançado por uma grande gravadora (“Opus Eponymous” foi lançado de forma mais underground, enquanto “Infestissumam” tem distribuição da Universal Records).
OBS: é Ghost mesmo, não Ghost BC, como a Multishow insistiu em divulgar. Ghost BC é o nome que a banda adota apenas nos Estados Unidos, por questões de direitos nominais que envolvem apenas o grupo no país.
Fonte: revista.cifras.com.br
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