Após uma competente abertura da banda Plebe Rude e seu tradicional e nacional rock de qualidade, Axl Rose surge nos palcos após uma habitual espera. Muitos dos fãs, nem se preocupavam com o atraso.
O show iniciou com uma presença marcante não apenas de Axl, mas de toda a banda. Aliás, esse é um ponto que precisamos dizer logo de cara: O Guns n’ Roses mudou e amadureceu muito ao longo dos anos. Apesar do grande ícone nos vocais, a banda não é apenas um homem. Claro que todos são músicos muito competentes, mas o que falo aqui é do entrosamento no palco. Dos sorrisos trocados entre os riffs, de um coroa que sobe no palco com um monte de gente esquisita e se diverte fazendo música, sua paixão. Essa atmosfera positiva provavelmente deixará os fãs motivados por meses.
Voltando ao início do show que contaria com 26 músicas em seu setlist (entre eles, solos, jams e grandes clássicos), apesar das ótimas posturas tivemos algumas falhas técnicas no som. Nas primeiras músicas, a voz de Axl estava sendo abafada pelas guitarras, o que exigiu do vocalista um esforço fora do comum para alcançar notas mais agudas e se fazer aparecer. Os solos de guitarra também passaram por problemas parecidos, o som saia, só que mais baixo do que o restante da música e repentinamente, aumentava dando uma sensação estranha para os ouvintes. Por não ser uma variação tão grande, demorei duas músicas para compreender que realmente era um problema. Após uma variação de áudio frequente, embora não comprometedora, passamos por clássicos como: Estranged, It’s so easy, Welcome to the jungle. Foi quando chegamos em “This I love” (décima música), um dos momentos mais emocionantes do show devido a beleza e harmonia melódica da música. Achei sinceramente que com os problemas no áudio, a voz de Axl acabaria antes do final da música, mas a mesa de som acertou a mão na hora certa e no final da música não tive o que fazer além de bater palmas.
Sem mais nenhuma variação nas caixas de som, tivemos uma grande sequência de músicas. Sucessos como You Could be Mine, Sweet Child O’ Mine e November Rain, mobilizaram bastante o público e mantiveram os ânimos mesmo após duas horas de show até aquele momento. Na vigésima música tivemos um solo inusitado de Bumblefoot (o melhor guitarrista da banda, na minha opinião). Se no Rio de Janeiro ele havia solado todo o hino nacional do Brasil, em São Paulo, ele optou pelo tema da vitória nos fazendo lembrar dos tempos de Ayrton Senna e tantos outros talentos que venceram na Fórmula 1 levando o nome do Brasil. Foi um momento bastante emocionante.
Emocionados pelo tema da vitória, a faixa seguinte fez todo mundo cantar: Don’t Cry. Um coro muito bonito ecoou pela Arena Anhembi e emocionou visivelmente o menino Axl, que apesar da idade ainda corre como uma criança levada por todo o palco. Neste momento os fãs já esperavam pelo final, mas o mesmo só aconteceria após mais nove músicas. Entre elas: Knockin’ on Heaven’s Door, Civil War, Nightrain, Patience e finalizando com Paradise City.
Poucos artistas aguentam tanto tempo de show, menos ainda mantêm uma boa qualidade até o final. Além da banda que é super competente, Axl mostra que físico e idade não interferem no seu talento e nas suas capacidades profissionais. Muitos podem até não gostar dele, mas minimizar seu trabalho está fora de cogitação. Não sou fã do Guns, mas espero sinceramente que eles lancem mais um álbum pelo menos e façam mais turnês.
É um show que vale muito a pena, até para os que não curtem muito.
Setlist do Guns N’ Roses em São Paulo
1 – Chinese Democracy
2 – Welcome To The Jungle
3 – It’s So Easy
4 – Mr. Brownstone
5 – Estranged
6 – Better
7 – Rocket Queen
8 – Fortus Solo
9 – Live and Let Die
10 – This I Love
11 – Holidays in the Sun
12 – Tommy Solo
13 – Jam/Band Intro/Dizzy Solo/Catcher In The Rye
14 – You Could Be Mine
15 – DJ Ashba Solo
16 – Sweet Child O’ Mine
17 – Jam/November Rain
18 – Abnormal
19 – Bumblefoot Solo/Tema do Ayrton Senna
20 – Don’t Cry
21 – Knockin’ On Heaven’s Door
22 – Civil War
23 – Nightrain
Bis
24 – Patience
25 – The Seeker
26 – Paradise City
Editor: Felipe Hansell
Editor chefe: Will Batera
Fotos: Renan Facciolo e Marcelo Rossi
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