A mudança é inerente à natureza, e com o ser humano não é diferente. Mudar de casa ou de país, seja por força do destino ou não, é um deslocamento que nos faz crescer. A letra de “I’m Homesick” traz a ideia da saudade de casa e da busca por pertencimento. Qual é o lugar que te faz sentir-se em casa? Para os músicos do Hover, é Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. O clipe para o novo single foi filmado inteiramente na Cidade Imperial, tendo como pano de fundo um dos pontos turísticos da cidade: o Museu Imperial.
Muito mais do que uma homenagem à cidade onde a banda foi formada, o clipe faz um apanhado das ruas mais conhecidas do Centro Histórico: Avenida Köeller, Rua da Imperatriz, Avenida Ipiranga e o entorno da Catedral de São Pedro de Alcântara, mais um dos cartões postais da cidade. A ideia de registrar esses locais no clipe serve para ilustrar a temática da saudade de casa e o sentimento de pertencimento a algum lugar – ou a falta desse sentimento.
“Todo mundo que sai do ninho acaba tendo essa sensação, de não se sentir em casa em nenhum lugar – pelo menos por um tempo. E há também casos mais sensíveis e dramáticos, como a situação de imigrantes ou pessoas que perderam as casas em tragédias. A gente tentou canalizar todo esse escopo de sentimentos no clipe. O cenário, formado por caixas e outros elementos, remete a exatamente isso: mudança, ruptura, transformação.“, explica Lucas Lisboa, guitarrista do Hover.
O vídeo marca a despedida do baixista do grupo, Pedro Fernandes, que se mudou de país. Atualmente, a formação do Hover é, além do Lucas, Saulo von Seehausen (guitarra e voz), Felipe Duriez (guitarra) e Álvaro Cardozo (bateria). A música faz parte do disco de estreia da banda “Never trust the weather“, lançado em 2016. O trabalho revelou uma nova fase do grupo, com composições maduras, sem deixar de lado a força e potência marcantes na identidade da banda, que une o post-grunge ao post-hardcore, com pitadas de stoner e indie.
O vídeo conta com direção, roteiro, montagem e finalização de Fabrício Abramov e Hugo Gama, com direção de fotografia de Artur Medina e assistência de fotografia de Pedro Arantes. A produção ficou por conta da própria banda e de João Felipe Verleun. A direção de arte, cenografia e figurino são de Raquel Theo.
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