Escuto com certa freqüência, não sei é com a intenção de puxar assunto, ou simplesmente por uma questão de repassar uma opinião pré-fabricada a seguinte frase “É, mas não se faz mais música como antigamente”, eu sinceramente discordo. A expressão artística e a “música industrial” travam uma batalha que já vem de décadas. Não é de hoje que recebemos muita porcaria através das rádios, TVs e outros veículos de mídia, minha intenção não é combater a existência desse tipo de música, pois a mesma alimenta uma demanda que deve ser abastecida.
A questão é, existe sim, muita gente aqui e no exterior fazendo música “como antigamente”, falo tanto como músico quanto ouvinte. Mas onde estão esses artistas? Aonde?
Bem, a tal da trajetória na música independente não é algo tão bonito quanto se imagina. A ferramenta principal de divulgação (internet) hospeda um fluxo de informação imenso, e por muitas vezes, o material produzido, novinho em folha, que provavelmente ia cair muito bem aos teus ouvidos, acaba não chegando a sua timeline do facebook, twitter ou qualquer rede social que você use.
Agora você, este ai sentado em frente à tela, que teve a paciência de ler isso tudo até agora, me diga. Se você está na sala da sua casa, e sente fome ou sede, é quase que uma reação automática ir até a cozinha, padaria, mercado ou selva que for, para caçar algo para comer ou beber, certo?
Então se você realmente tem fome e sede de música nova e de qualidade, faça o mesmo, vá buscar!