Dia 19 de Outubro de 2013 ficar marcado na minha (Eu, Patricia Gil) memória e de muitas outras pessoas com toda a certeza.
Foi um dia dedicado a muita nostalgia dos anos 90, de todos aqueles que assim como eu, tiveram como trilha sonora da vida real músicas e videos clipes de todas aquelas bandas que se apresentaram, e que continuam conquistando novos fãs com a faixa etária mais jovem e isso estava bem claro, pois tinha bastante gente jovem e até pais com os seus filhos com camisetas do Korn, Slipknot.
E o que dizer de cada show? Vamos lá!
Cheguei a tempo de pegar o início do show da banda Gojira que até 2001 se chamava Godzilla, é uma banda francesa, infelizmente na minha opinião, ainda não é muito conhecida aqui no Brasil, mas mesmo com o pouco público para recebe-los agradou quem ainda não conhecia o seu som.
O vocalista Joe Duplantier foi muito simpático com o público e para nossa curiosidade era o seu aniversário. A banda tocou músicas de todos os seus anos de estrada e no final do show homenagearam o Sepultura citando-os como uma grande influência, que alias, Sepultura foi um dos pontos altos do festival, que tocou junto com Hatebreed e Korn.
A próxima banda foram os nortes-americanos do Hatebreed, eles simplesmente detonaram. Há quem dirá que, “ah é sempre o mesmo show, sem novidades… blá, blá, blá”… eles simplesmente incendiaram a Arena Anhembi e nem o sol foi capaz de conter a euforia do público, que pulava, cantava, gritava, interagia com os punhos erguidos no ar e a galera que entrava em vários moshs.
Jamey Jast comentou que era ótimo estar de volta ao Brasil. Rolou cover do Sepultura com a música Refuse/Resist com a participação de Andreas Kisser, logo vimos a galera gritando “Sepultura”, “Sepultura”.!! E pra botar pra quebrar a banda encerrou com a música “Destroy Everthing”, a galera foi ao delírio.
No show do Killswith Engage, a arena já estava começando a ficar cheia e muitos fãs de Slipknot estavam chegando, alguns com camisetas e outros com macacões e máscaras.
A galera curtiu o show com o vocalista Jesse Leach, que voltou recentemente pra banda, e mesmo para quem ainda sente falta do Howard Jones, Jesse não decepcionou, cantou com todo o peso necessário. Rolou as músicas “My Last Serenade”, “In Due Time”, “Rose of Sharyn” e “End Of Heartache” trilha sonora do Resident Evil e que foi um dos momentos nostálgicos pra galera.
Após o show do Killswith Engage foi hora de recuperar o fôlego, pois Fred Durst prometia um show eletrizante pra galera com muitos sucessos e covers. E foi assim que o Limp Bizkit entrou no palco, com a canção “Rollin” logo de cara pra deixar o público um puro êxtase! Fred interagiu com o público, se aventurou no meio da galera quando cantou a música “Eat You Alive”.
A banda também cantou os sucessos “My Generation”, “My Way”, e “Take a Look Arount” do filme Missão Impossível. E não poderia deixar de comentar do guitarrista Wes Borland, que além de tocar incrivelmente bem, roubou a cena com sua máscara cheia de leds.
Após o show de tirar o fôlego do Limp Bizkit, um dos momentos em que eu mais aguardava chegou. Era a vez do Korn também prestou uma homenagem ao Sepultura e cantaram junto com o Derrick “Roots Bloody Roots”.
O vocalista Jonathan Davis, preciso pedir um pouco mais de entusiasmo por parte do público que estava lá, mas só bastou cantarem “Coming Undone”, “Blind”, “Freak On A Leash”, “Falling Away From Me” e “Y’All Want A Single” onde a galera participou berrando “Fuck That”, pra levar o arena já muito mais lotado do que no começo ao delírio nostálgico.
E finalmente um dos momentos mais esperados pela maioria chegou. A Arena Anhembi estava completamente lotada, com mais ou menos 30 mil pessoas para receber novamente, após 8 anos o Slipknot que fez 1h30 de show. Taylor não decepcionou em nenhum momento, e exaltou a galera que já estava ali detonada de um dia inteiro de nu metal e trouxe um repertório com inúmeros sucessos. “Disasterpiece”, “Get This”, “The Heretic”, “Before I Forget”, “Gently”, “Pulse Of Maggots”, “Spit It Out”, que logo após a banda homenageou o baixista Paul Gray estendendo uma enorme bandeira com o número 2 e Taylor dedicou a música “People= Shit” e “Surfacing” a ele, pedindo pra a galera já judiada por tanta euforia, dor, emoção, agachar antes do refrão da música.
Os minutos finais do show foram marcados pelo baterista Nathan Jordison que ficou suspenso enquanto tocava. E Taylor fez uma promessa, disse: “Prometo que vocês vão ver Slipknot mais uma vez”. E assim ficamos com esta promessa no aguardo de “queremos mais”.
O primeiro dia de Monsters Of Rock foi um dia de lavar a alma! De fazer muita gente voltar no tempo e se sentirem adolescentes novamente e de com certeza, conquistar novos fãs.
Fotos: Stephan Solon / XYZ Live
Editor chefe: Will Batera
Editora: Patricia Gil