Scorpions mostrou que ainda tem muita lenha pra queimar em show do Rock In Rio

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A banda Scorpions se apresentou nessa última sexta-feira no Rock in Rio, ao lado de grandes bandas como Iron Maiden, Helloween e Sepultura, que dividiram o palco mundo nesse dia. A banda foi a última a se apresentar e mesmo em um dia que estava essencialmente repleto de bandas de Metal, o Hard Rock da banda alemã encantou o público presente com os hits mais que conhecidos. Com 54 anos de carreira, a banda é uma das que permaneceram mais tempo nas paradas de sucesso, em cerca de 30 países diferentes.

Arte: David Araújo

No Brasil a banda já se apresentou 45 vezes em 19 cidades diferentes (entre 1985 e 2019), sendo elas: São Paulo (15), Rio de Janeiro (6), Vitória (1), Belo Horizonte (3), Uberlândia (1), Recife (2), João Pessoa (1), Fortaleza (1), São Luís (1), Belém (1), Manaus (2), Brasília (2), Goiânia (1), Ribeirão Preto (1), Vinhedo (1), Ponta Grossa (1), Curitiba (2), Florianópolis (1) e Porto Alegre (2). Eles não escondem o tanto que amam o Brasil, e nessa edição do Rock in Rio até cantaram uma música brasileira muito conhecida, “Cidade Maravilhosa” (que também foi cantada há 34 anos atrás, na edição de 1985 do festival), além de que as referências ao Brasil foram grandes. O guitarrista Rudolf Schenker entrou com uma jaqueta com os dizeres “Save the Amazonia” (Salve a Amazônia), o outro guitarrista, Matthias Jabs trocou sua icônica guitarra branca com listras na terceira música, pela mesma guitarra que usou em 1985, uma verde com o formato do mapa do Brasil e várias bandeiras brasileiras que estampam o corpo da guitarra.

Algumas pessoas não entenderam muito bem o fato de o Scorpions ter fechado a noite, ao invés de Iron Maiden, que era o headliner do dia, porém foi a própria banda que pediu à organização para se apresentar mais cedo por motivo das condições físicas e idade dos músicos britânicos, exigência que foi acatada. Apesar de o vocalista Bruce Dickinson ter 61 anos e em 2015 ter passado por um tratamento de câncer na garganta, vale lembrar que os integrantes do Scorpions são até mais velhos. O vocalista Klaus Meine e o guitarrista Rudolf Schenker tem 71 anos, e Matthias Jabs (guitarrista) está com seus 63 anos. Além de que Scorpions tem 10 anos a mais de carreira nas costas. Acredito que as duas bandas são fenômenos de seus devidos estilos e não merecem comparações quanto a grandiosidade ou importância.

Foto: Alexandre Durão / G1

A energia da banda no palco ainda é incrível, mesmo com a idade avançada a banda anda e corre bastante pelo palco, a voz de Klaus não está mais como nos áureos tempos, mas não deixa nada a desejar. Rudolf ainda parece um jovem, bangueando e andando de um lado pro outro, uma hora ele estava do lado de Matthias, outra hora estava ao lado de Pawel Maciwoda (baixista), então quando você menos esperava, já estava na parte de cima do palco com o baterista Mikkey, o cara ainda tem muita energia. O show contou com grandes hits como “Send Me An Angel“, “Wind Of Change” e “Big City Nights“. Eles fizeram um medley com sucessos dos anos 70 também, além de cantarem algumas de minhas músicas favoritas como “Blackout“, “Tease Me Please Me” e “We Built This House“. Eu sou meio suspeita pra falar pois já assisti a uns quatro shows da banda ao vivo, acho eles incríveis.

Rudolf e Klaus trocam bastante de figurino durante o show, Rudolf troca de guitarras algumas vezes também, as mais icônicas da noite foi a Flying V acústica usada para tocar “Wind Of Change” e uma guitarra com um dispositivo parecido com o de um escapamento que soltava fumaça que ele usou para tocar “Blackout“. Mas nada se compara a Matthias, ele usou umas cinco guitarras diferentes, particularmente eu gosto muito dessas trocas de instrumentos e figurinos nos shows do Scorpions. Como em todo o show do grupo, rolou um solo de bateria, essa foi a primeira vez que vi o solo de bateria do Mikkey Dee, eu gosto muito do James Kottak (baterista que saiu em 2016), adorava assistir os solos dele. O solo de Mikkey teve um pouco de inspiração no famoso solo do Kottak, senti falta da apresentação que passava atrás do solo no telão, eu acho ela incrível, mas acredito que cortaram para não estender demais o show, fora isso, gostei.

Foto: Alexandre Durão / G1

Após tocarem “Big City Nights“, fizeram uma pausa e voltaram para finalizar o show com a perfeita “Still Loving You” que Klaus executou maravilhosamente, parecia que ele havia poupado a voz o show inteiro pra entregar essa música do jeitinho que a galera gosta de ouvir. E por fim, “Rock You Like A Hurricane” que é sempre uma explosão ao vivo. Enfim, o show do Scorpions apesar de mais curto do que eu estou acostumada, foi muito bem executado e, diferente do que muita gente andou falando pela internet, teve um grande público assistindo (não rolou debandada após show do Iron). Fico no aguardo da volta deles ao Brasil, porque tenho certeza que eles ainda vão voltar.

Set List Scorpions no Rock In Rio

01. Going Out With A Bang

02. Make it Real

03. The Zoo

04. Coast To Coast

05. Medley (Top Of The Bill, Steamrock Fever, Speedy’s Comin’, Catch Your Train)

06. We Built This House

07. Delicate Dance

08. Cidade Maravilhosa

09. Send Me An Angel

10. Wind Of Change

11. Tease Me Please Me

12. Solo de bateria de Mikkey Dee

13. Blackout

14. Big City Nights

BIS

15. Still Loving You

16. Rock You Like A Hurricane

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