O Sepultura retornou aos palcos no último dia 17 de janeiro e quem teve a honra de receber a primeira apresentação do ano foi a cidade de Santos. Para todos os camisas pretas da Baixada Santista que estiveram na Tribal Club naquela noite, somente uma palavra define a performance do Sepultura: ARREBATADOR!
Derrick Green, Andreas Kisser, Paulo Xisto Jr. e Eloy Casagrande proporcionaram a mais de 700 pessoas um show com diversas músicas de períodos distintos do Sepultura. Onde a primeira parte da apresentação mesclou canções dos trabalhos mais recentes da banda como: “Trauma Of War“, “The Vatican“e “Kairos“. Um fato muito importante notado no show foi a qualidade do som, fator esse que agradou quem preza por som sem vestígios de ruídos e que dá detalhes de cada instrumento. Então foi possível ouvir com nitidez os solos de Andreas Kisser, as harmonizações de Paulo Xisto Jr, a voz inconfundível de Derrick Green e a destreza de Eloy Casagrande no comando da bateria.
A iluminação do show, foi um show a parte, pois as luzes coincidiam muito bem com as músicas executadas pelo Sepultura, causando assim uma sensação agradável na parte visual. “Convicted In Life” abriu a segunda parte da apresentação, essa foi a única canção do disco “Dante XXI” executada pela banda. O novo disco “The Mediator Between the Head And Hands Must Be The Heart” foi bem explorado pelo grupo na metade do show, tendo “Impending Doom“, “Manipulation Of Tragedy“, “The Bliss Of Ignorants” e “The Age Of The Atheist” como canções muito bem estruturadas, mostrando um Sepultura ainda mais agressivo.
Em 2014, o Sepultura completa 30 anos de carreira e ao longo dessas três décadas criou diversas músicas clássicas como: “Territory“, “Refuse/Resist” e “Arise“. Todas essas canções fizeram parte do bloco final da performance, onde o público foi ao delírio tanto com os vocais de Derrick Green, quanto com a poderosa guitarra de Andreas Kisser. A banda se despediu dos metaleiros presentes, mas eles sabiam que faltava uma música a ser apreciada e quando menos se espera o grupo retorna ao palco para o bis. Os camisas pretas são presenteados com “Roots Bloody Roots” para coroar uma apresentação sem defeitos de uma das melhores bandas do Brasil.
O Rock de Verdade gostaria de agradecer imensamente aos organizadores do evento que proporcionou ao site acesso total para o show. E também agradecer a maneira como o Sepultura recebeu a equipe do Rock de Verdade, onde conseguimos conversar com integrantes da banda por um período de uma hora e meia. Constatando que o Sepultura além de ser uma banda grande, tem uma coisa muito importante que é: humildade. E são pessoas que se preocupam com o rock e fazem Rock de Verdade.