Slipknot e Mastodon incendeiam a noite chuvosa em São Paulo

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Neste domingo (27/09) aconteceu no Anhembi Morumbi em São Paulo dois grandes shows que animaram a noite. As bandas Mastodon e Slipknot que se apresentaram recentemente no Rock In Rio, no Rio de Janeiro, mostraram que vieram para incendiar a noite da cidade. Apesar dos raios e trovões que caiam naquela noite, o público não se intimidou e compareceu em peso.

A banda Mastodon entrou exatamente no horário previsto (19h) e começou o show com muita energia e empolgação abrindo com a música “Tread Lightly”, que fez o público todo pular e gritar. Em seguida tocaram “Once More ‘Round the Sun” que é uma música com pegada mais leve. Em compensação a terceira música, “Blasteroid”, que parecia ser bem conhecida do público, provocou grande agitação na platéia, apesar da tímida agitação da pista premium que realmente parecia ter vindo para o show do Slipknot. O show continua com “The motherload” cantada pelo baterista da banda, quando então, a chuva começa forte na Arena Anhembi. Algumas pessoas se esconderam nos estandes espalhados pelo evento, porém a chuva não parou e a maioria do público começa a pular e agitar ainda mais o show.

A banda não desanima e puxa “Chimes at Midnight” que provoca um alvoroço no público que cantarola e pula cada vez mais mostrando que a chuva realmente não é um problema para os verdadeiros fãs de metal. Em sequência executam as músicas “High Road”, com um coro espetacular junto aos backing vocals, e “Aqua Dementia”. O show se encerra devido a forte chuva que não dava trégua impossibilitando os músicos de continuarem tocando. A disposição da banda estava bem na frente do palco por razão dos instrumentos da banda Headline da noite já estarem pré-montados. Apesar do show ter encerrado bem mais cedo do que o previsto, a banda com certeza saiu do palco com sentimento de dever cumprido. A equipe de limpeza entrou no palco para secar e organizar para o próximo show. Por volta das 20h finalmente a chuva dá uma trégua e o palco fica pronto para a entrada triunfal da banda mais esperada da noite.

O show do Slipknot começa com alguns minutos de atraso, mas isso não foi um problema para os fãs, assim que a introdução começa com “XIX” o público já enlouquece. O palco que estava fechado por uma cortina gigante com os logos da banda, abre uma pequena fresta por onde se conseguia ver um bode com olhos azuis e uma coluna de fogo no palco. Segundos depois, a cortina se abre por completo e todo o palco se mostra em um verdadeiro espetáculo. A banda entra no palco e já começa a primeira música do show “Sarcastrophe”. A agitação do público foi inevitável, principalmente devido às cabines elevadiças da percussão, do DJ e do Sampler que rodavam subindo e descendo em um verdadeiro espetáculo pitoresco.

A banda segue com “The Heretic Anthem” e “Psychosocial” que foi uma verdadeira loucura no palco, com as percussões sempre subindo e descendo. O DJ Starscream (Sid Wilson) não parava de andar e pular dos níveis mais altos do palco para os mais baixos. Enquanto o Mr. Picklenose (Chris Fehn) e Clown (Shawn Crahan) sairam com tambores andando pelo palco. Ao final da música, todos deixam o palco e somente Corey Taylor volta, com uma bandeira do Brasil em mãos que ele abre e estende sobre o palco. Ele agradece falando que São Paulo é a melhor cidade para se tocar, comenta sobre o show do Rock in Rio e anuncia a próxima música “The Devil in I”. Starscream pega a bandeira do Brasil e começa a correr, enquanto a percussão volta a fazer seu show e o palco pega fogo literalmente, com muitas chamas espalhadas pelo chão na música inteira.

A banda sai novamente do palco e Corey volta perguntando quantas pessoas possuem o novo álbum da banda “5: The Gray Chapter” e agradece muito o carinho do público anunciando a música seguinte que classifica como nova música com sentimento oldschool: “AOV”. Com percussão muito forte e pedal duplo marcante essa música já foi classificada em entrevista com o vocalista Corey Taylor, a favorita desse álbum (vagalume). O baixo de Vman (Alessandro Venturella) acende seus leds verdes e o público acompanha o solo cantando enquanto a cabine de Starscream balança freneticamente com tamanha agitação do músico.

Começa então uma série de músicas muito conhecidas pelos fãs: “Vermillion”, “Wait and Bleed” e “Killpop” onde os fãs cantavam em coro, Starscream andava por todo o palco chamando a galera pro show. Antes de “Killpop”, Corey dispara que a melhor coisa é ouvir todas aquelas vozes cantando com eles. A iluminação do palco muda a cada música, as percussões não param de subir e descer em suas plataformas elevadiças, e as pirotecnias do palco só tornam o show cada vez mais único e inesquecível. Corey conversa um pouco com o público, elogia a banda Mastodon e pede ao público: “Façam algum barulho para Mastodon. Somos todos umas família, nós nos mantemos vivos. Eu dedico essa próxima música para o espírito real do heavy metal.” E começa então “Before I forget” que foi sem dúvidas um dos pontos altos da noite.

Segue então o show com “Sulfur”, onde Clown bate nos tambores de percussão com um taco de baseball. Corey provoca o público falando que eles no momento eram o terceiro público mais animado dos shows do Slipknot e pede então para que eles façam mais barulho nessa música, porque eles seriam assim o melhor público da banda. Começa então “Duality”. Ao final da música, o público grita em coro “chupa Rock in Rio” e Corey completa dizendo: “Eu não tenho a menor ideia do que isso significa, mas eu concordo”. O público foi ao delírio e a banda logo puxou “Disasterpiece” e “Spit it Out”. Mr. Pickelnose brinca com o público e então vem um dos auges do show do Slipknot, quando a banda faz todo o público sentar.

Clown e Starscream andam pelo o palco mexendo com o público e andando com a bandeira do Brasil, enquanto Corey explica que ao som das palavras “Jump the fuck up”, o público deve pular. O público já familiarizado com a situação pula freneticamente quando Corey grita as palavras tão esperadas. Corey puxa a introdução da próxima música e fica feliz ao ver que todos sabem exatamente do que ele estava falando, começa então “Custer” que finaliza com o som de “742617E+11”, primeira faixa do álbum “Slipknot”. A banda toda sai do palco.

Craig Jones volta ao sampler e começa com um som eletrônico para dar início ao Bis da banda que constou de “sic”, “People = Shit” e “Surfacing”. As músicas causaram um enorme mosh na pista premium, o palco se encheu de fogo e chamas, as percussões não paravam de rodar, subir e descer, o público cada vez mais ensandecido. O show termina com a banda toda agradecendo e se despedindo ao som de “ ’Till We Die”. O baterista Jay Weinberg vem até a frente do palco para distribuir suas baquetas e a banda sai do palco encerrando esse show que com certeza foi único e inesquecível para qualquer um que teve o privilégio de estar ali naquela noite.

 

Set List Slipknot:

XIX

1. Sarcastrophe
2. The Heretic Anthem
3. Psychosocial
4. The Devil in I
5. AOV
6. Vermilion
7. Wait and Bleed
8. Killpop
9. Before I Forget
10. Sulfur
11. Duality
12. Disasterpiece
13. Spit It Out
14. Custer

Bis

742617000027

15. (sic)
16. People = Shit
17. Surfacing

‘Til We Die

 

Set List Mastodon:

1. Tread Lightly
2. Once More ‘Round the Sun
3. Blasteroid
4. The Motherload
5. Chimes at Midnight
6. High Road
7. Aqua Dementia

 

Autora: Marina Ferreira
Editor chefe: Will Batera
Fotos Slipknot: Stephan Solon/ Midiorama
Foto Mastodon: Renan Facciolo/Reduto do Rock

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