The Galo Power resgata anos 60 e 70

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Desde o surgimento do rock, na metade do século 20, o estilo tem alto teor de contestação. Nos anos de 1960, com o auge da contracultura, o gênero musical foi facilmente encaixado. Neste momento, os subgêneros do rock se desenvolviam, com uma mistura de influências cada vez mais notável. No fim da década, a união entre o rock e o blues mais rústico deu origem ao hard rock e à fase de preparação do heavy metal.

O quarteto The Galo Power, de Goiânia (GO), obedece fielmente a essa proposta. Com muito peso e sem intenções de prestar tributo a estilos muito contemporâneos, o bluesy hard rock com altas doses de influências do fim da década de 1960 e início dos anos 1970 marca o som retrô do grupo, que lançou recentemente o álbum “Lysergic Groove” (Monstro Discos, R$ 20), segundo da carreira.

O The Galo Power surgiu como trio em 2007 e agregou a Salma Jordana entre os anos de 2010 e 2011 – época de lançamento do primeiro disco do grupo, “Ancient Rise” –, que dividia os vocais com Bruno Galo, também guitarrista. Agora, Galo é o único no microfone e é acompanhado pelo irmão Evandro Galo na bateria, Rodolpho Gomes no baixo e Thomas Bove no órgão elétrico.

“A Salma fez com que a responsabilidade da banda mudasse, levássemos mais a sério. Ela dava uma perspectiva de rock nacional antigo no nosso som. Quando ela saiu, o Thomas entrou e ficamos cada vez mais sérios e com propriedade sobre nosso estilo, o rock clássico”, disse Bruno Galo, em entrevista por telefone.

“Old is cool”

A proposta de sonoridade retrô do The Galo Power é fundamentada por uma “antropofagia de todas as bandas das décadas de 1960 e 1970 que descobrimos”, como disse Bruno Galo. “A novidade em nossa proposta é uma contracultura dentro da própria contracultura. Tentamos mostrar que o antigo ainda é interessante e não foi totalmente descoberto. Também é uma questão de dar maior respeito a esse estilo, que não tem tanto quanto deveria. É uma obrigação reverenciar esse gênero”, afirmou.

Inserida em uma efervescente como a de Goiânia, a banda destacou-se com um rock n’ roll pesado, repleto de bons fraseados de guitarra e destaques pertinentes ao órgão de Bove. “O underground em Goiânia recebe mais atenção do que em outras capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Nessas metrópoles, existe a cena, mas é voltada ao cover. Já aqui, as bandas procuram crescer, é como se cada uma tivesse chance de se mostrar”, disse.

Banda já está na pré-produção do terceiro trabalho

O lançamento de “Lysergic Groove” deu ânimo ao The Galo Power, de acordo com Bruno Galo. A banda já está planejando um novo álbum. “Estamos em fase de pré-produção do nosso próximo disco, que ainda não tem nome, mas terá uma pegada mais funk, dançante e um pouco de progressivo. Lançaremos o trabalho em CD e vinil”, afirmou.

Além do vindouro novo álbum, o The Galo Power pretende permanecer na estrada. “Planejamos finais de semana fora de Goiânia. Saímos em sextas-feiras para fazer dois shows por finais de semana”, disse Gallo. Com essa prática, a banda se apresentou no Republic em Uberlândia, no dia 31 de janeiro. “Foi ótimo, melhor ainda para mim porque morei mais de 10 anos em Uberlândia. Fomos recebidos pelo Muñoz, um duo que respeitamos muito e que tocam um som bem pesado, violentamente anos 1970”, afirmou.

O álbum “Lysergic Groove”, do The Galo Power, está disponível para audição gratuita no site: thegalopoweroficial.tnb.art.br.

 

Fonte: CORREIO de Uberlândia.

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