Sexta-feira (07/08), a banda-tributo Urbana Legion se apresentou na tradicional Moby Dick, em Santos/SP, pelo circuito Letz Rock. Formada pelos músicos Egypcio (Tihuana), Marcão Britto (Charlie Brown Jr./A Banca/Bula), PG (Tihuana) e Lena Papini (A Banca/Bula), a banda toca hits e lados B do Legião Urbana – de quem são fãs -, fazendo versões com acordes mais pesados para as canções.
O aquecimento para o show se deu pelas pick-ups com hits internacionais dos anos 80 e 90, passando por bandas como Aerosmith e AC/DC, e quase one hit wonders como “All Star“, do Smash Mouth e “Kiss Me“, do Sixpence None The Ritcher.
A apresentação do Urbana Legion teve duas horas intensas de duração, com um setlist de 27 músicas. Os fãs já esperavam o tributo ansiosamente, e o recepcionaram de maneira enérgica – começando com “Fábrica“. As músicas que sucederam, “Teorema” e “1965“, foram tocadas sem espaço entre uma e outra. O público estava sedento por Legião, enquanto a banda também estava frenética: Lena no headbanging, Marcão sem esconder a satisfação e a interação com a galera, PG curtindo e mandando muito na bateria, Marcos Iahn acompanhando visualmente os fãs, e Egypcio na vibe com a plateia, com olhar fascinado.
Uma breve pausa para o vocalista do Tihuana conversar um pouco, logo seguida por uma “Ainda É Cedo” arranjada de maneira mais pesada, o que rendia um certo esmagamento das pessoas próximas da grade. “Eu Sei” foi cantada em coro. PG não conseguiu esconder o êxtase, assentindo junto a Egypcio ao ver a galera pulando com a intro de “Há Tempos“. “Metrópole” apresentou riffs bem pesados, caracterizando fortemente a essência do Urbana Legion, assim como “Baader” apresentou riffs irados. “‘O Reggae‘ do Legião” foi muito bem apreciado, e brindado pelo vocalista. A balada “Sete Cidades” fez o público dançar e cantar junto, e a potente “Andrea Doria” também mostrou de quê o tributo é feito.
Nem mesmo em lado B os fãs paravam – “Soldados” teve grande coro, e “Quase Sem Querer” foi tocada de maneira explosiva. O hit “Pais e Filhos” foi frenético, com solo intenso, tocado até pela língua de Marcão. Egypcio introduziu “Que País É Esse” remetendo ao Renato Russo, e uma bandeira brasileira aparece nas mãos do vocalista, seguida por “Índios“. Uma pequena mudança no layout do palco, e Lena assume os vocais e violão para tocar um aconchegante “Por Enquanto“.
Mas logo o palco volta a ter a vibe underground de “Eu Era Um Lobisomem Juvenil“. O nostálgico clássico “Será” fez com que a plateia pipocasse, mas já começasse a sentir saudades, uma vez que “Faroeste Caboclo” foi a escolhida para finalizar o show com chave de ouro – e, sem cansar, fãs cantando a canção inteira pelos seus vários minutos de duração.
A banda apresentou carisma e energia por toda a duração do show, que não teve pausas. Alguns fãs também conseguiram registrar o momento com os integrantes após a apresentação. Renato Russo se orgulharia em ver todo o amor, dedicação e intensidade envolvidos naquela apresentação.
Setlist
1– Fábrica
2– Teorema
3– 1965
4– Ainda É Cedo
5– Eu Sei
6– Há Tempos
7– Metrópole
8– Baader – Meinhof Blues
9– O Reggae
10– Sete Cidades
11– Andrea Doria
12– A Dança
13– Tempo Perdido
14– Geração Coca-Cola
15– Acrilic On Canvas
16– Daniel na Cova dos Leões
17– Soldados
18– Quase Sem Querer
19– Pais e Filhos
20– Petróleo do Futuro
21– Que País É Esse
22– Índios
23– Por Enquanto
24– Eu Era um Lobisomem Juvenil
25– Monte Castelo
26– Será
27– Faroeste Caboclo
Autor: Barbara Lopes
Editor chefe: Will Batera
Fotos: LetzRock
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