Em tempos olímpicos, enquanto uns comemoram medalhas e assim se sentem nacionalistas, a nação metaleira respira fundo e vai conferir o orgulho do metal, Sr. Kiko Loureiro , em sua estréia em solo Nacional, com a Big Four Megadeth. Corações unidos, e com toda certeza, saíram desse mágico espetáculo, cheios de orgulho dessa fera.
Os portões se atrasaram na abertura, a fila estava dando a volta no quarteirão (e ainda escutamos por ai que o rock e o metal não tem público), a nação toda enegrecida pelas camisetas de suas bandas preferidas, estava em peso nos arredores do Espaço das Américas.
A banda entra com atraso de quase 50 min. O telão com a intro master dessas feras se acende, a galera vai a delírio, e lá vem Sr. Mustaine embalando a famigerada “Hangar 18”. O povo que estava com a cara pálida pela ansiedade de ver o Kiko no Palco, se rubreceu e pulou muito nesse momento de emoção. Depois se percebe o novo guitar lá no canto direito do palco, que logo vem ao centro executar os perfeitos solos de guitarra com sua signature da Ibanez. A galera grita Megadeth entre um solo e outro. Logo em seguida, destroem com a mais nova “The Threat Is Real”, proveniente do novo álbum tão tão incrível do nosso Mega – Dystopia.
Musta abre as falas da noite perguntanto pra galera se estavam esperando pelo Mega, e ele mesmo responde dizendo que eles estavam esperando pela gente. Depois oferece o próximo som ao querido Nick Menza (carinha triste) fechando as três primeiras, uma das que abriram roda de Pit – Tornado Of Souls. Nesse momento a galera toda canta em uníssono, como é lindo de ver uma nação metaleira tão intensamente feliz. Kiko surge com o solo, arrancando muitos gritos da galera.
Dirk e Elefson estão em perfeita harmonia, fazendo uma cozinha matadora e monstruosa. O palco tinha 6 telões, todos mostrando imagens ligadas aos sons que vão sendo executados. Vale ressaltar que já é a décima quarta apresentação dessas feras pelo País, e ainda assim a casa estava lotada e muita emoção pairava no ar.
Uma breve pausa, suficiente para muitos gritos: “Ole ole ole ole – Mustaine, Mustaine” e “Kiko Kiko ha ha ha” rs…. Então Kiko surge com a linda intro de “Poisonous Shadows”, que ficou simplesmente matadora ao vivo, que perfeição! Algumas clássicas , e “Conquer or Die!”, o som instrumental do novo álbum, onde Kiko surge com um violão e a belíssima intro, um momento mágico com certeza, todas as notas em seus lugares, uma apresentação impecável. Que pena que não deu tempo de aplaudir, eles emendaram com “Fatal Ilusion”, som que conta com um solo matador de baixo, o qual Elefson mandou sem dó. A clássica “She Wolf” vem depois de um brevíssimo intervalo, no qual o povo aproveita e manda o ole Mustaine, ele retorna agradecendo todos pelo carinho, e agradece por estarem ali, apesar dos jogos olímpicos estarem rolando. Seguida de “Dawn Patrol” e “Poison Was The Cure”.
Antes de “Sweating Bullets”, alguém jogou uma camiseta do megadeth com as cores do Brasil no palco, Musta se agachou para pegar e olhou, dizendo que com certeza iria usar, e que adorava as cores da bandeira do Brasil, e agraceu fazendo o gesto da reverência. A galera felizona entoou o Ole Mustaine, mais uma vez. Vai virar hino essa porra, hauahhah.
Seguem com “A Tout Le Monde” e “Trust”, com as quais a galera cantou junto lindissimamente. A breve pausa novamente, e Musta volta falando um pouco do novo álbum e anunciando que fariam um som especialmente para os fãs brasileiros, pois não tocaram juntos ainda, mas antes um dos sons novos: “Post American World”. Depois entoam “Dystopia” e “Symphony of Destruction”. Elefson anuncia “Peace Sells”, som seguido com entusiasmo pela nação enegrecida. E vem a saída clássica.
O povo faz os cânticos para o retorno da banda, e poucos minutos depois a banda tá de volta para o encore, e vem com a classiqueira “The Mechanix”. Musta finalmente fala sobre o Kiko, e anuncia que ele esta esperando gêmeos (Parabéns Kiko!), e diz que farão um som especial por ele e só aqui no Brasil. A galera grita pelo novo guitarrista, e então Kiko surge, abraça Musta em agradecimento, e só. (Porque não falou nenhuma palavrinha com a gente ein Kiko? Poxa… haha)
Musta brinca ainda que o povo fala que ele é racista, mas ele tem em sua banda um brasileiro, um Belga, e Elefson que veio de Marte… E anuncia o novo som e agradece o povo, mandam o grand finale Top das galáxias: “Holy Wars … The Punishment Due”.
No mais, um perfeito espetáculo, cheio de classiqueiras, pits, gritos e urros Megadeth com o KIKO há há há !!!
Line Up:
Dave Mustaine – vocal e guitarra
David Elefson – Baixo
Kiko Loureiro – Guitarra
Dirk Verbeuren – Bateria (ex-Soilwork)
Set List
- Hangar 18
- The Threat Is Real
- Tornado Of Souls
- Poisonous Shadows
- Rattlehead
- Wake Up Dead
- In My Darkest Hour
- Conquer or Die!
- Fatal Illusion
- She Wolf
- Dawn Patrol
- Poison Was The Cure
- Sweating Bullets
- A Tout Le Monde
- Trust
- Post American World
- Dystopia
- Symphony of Destruction
- Peace Sells
Encore
The Mechanix
Holy Wars … The Punishment Due
P.S.: Mesmo sem credencial, como sou fã, fui assim mesmo. E agora parei aqui para escrever minhas linhas sobre, mesmo sem ganhar nenhum centavo por, assim como muitos dos meus colegas que assim o fazem, pelo prazer, pelo rock e pelo metal.
Organização: porque ficar com nosso ingressos organização? Porque? Temos apego ao ingresso, é sempre muito legal guardá-lo para relembrar os momentos que vivemos. Para vocês é só um pedaço de papel que vai para o lixo, para a gente é coração, alma e vício. Parem com essa chatice besta, mesmo que pareça, não é babaquiçe, nem crença. Somos uma nação, e aqui peço aos que fazem parte dessa, reiteração a minha indignação e reividicação! Parem de ficar com nossos ingressos, pelo amor de Thor, Odin, Tyr, Freya, e todos os Deuses Nórdicos.