Não é de hoje que existem rumores de que algumas bandas como os Beatles e o Elvis Presley conspiraram por décadas, ao lado da União Soviética, para tentar destruir a moralidade e o capitalismo.
Em 1966, por exemplo, um DJ do Alabama decidiu que era hora de “banir os Beatles” pelos comentários que os integrantes do quarteto faziam.
A fala de John Lennon “o Fab Four é mais popular que Jesus” fez com que o público cristão e conservador do DJ se revoltasse e isso resultou em algumas músicas do grupo sendo proibidas em várias estações de rádio dos Estados Unidos.
Embora uma coletiva de imprensa feita por Lennon tenha acalmado um pouco as coisas, a hostilidade (e ameaças de morte) ainda chegavam a banda – que fez uma turnê pela América na época.
Antes mesmo de Paul McCartney admitir que tomava LSD e os Beatles a passarem tempo meditando, o conservador John Birch Society já havia apontado essas influências. Quando eles gravaram o “The White Album“, em 1968, que inclui a “Back in the URSSR“, alguns acusaram a banda de simpatizarem com os comunistas.
Os críticos ficaram “sem palavras” depois de ouvirem a letra de “URSS” de McCartney. O músico escreveu a faixa enquanto a banda estava na Índia meditando com um grupo que incluía Mia Farrow e Mike Love, do Beach Boys.
McCartney à compôs como uma paródia de “Back in the USA“, de Chuck Berry, com um toque dos Beach Boys.
Mas, em vez de falar sobre a alegria de Berry em retornar do exército, McCartney escreveu como um espião que havia retornado à União Soviética depois de passar muito tempo distante. Algumas pessoas acharam que ele estava falando sério quando cantou “Venha e mantenha camarada (termo de forte conotação política entre militantes de um único partido) quente“.
David Noebel foi um deles. Autor de Os Menestréis Marxistas — Manual Sobre a Subversão Comunista da Música, ele afirmou que “John Lennon e The Beatles eram parte integrante do ambiente revolucionário e receberam notas altas da imprensa comunista”.
Após ter afirmado que a imprensa comunista amava os Beatles, Noebel discutiu sobre o impacto disso sobre os americanos amantes da liberdade. Milhões de fãs, no entanto, levaram a letra exatamente pelo que ela era: uma música de rock com algumas boas piadas.
Mesmo décadas depois, o novo presidente da Funarte, Dante Mantovani, declarou recentemente que os Beatles foram invenção socialista para fazer garotas abortarem, e que a motivação do grupo era desestabilizar a “família tradicional americana” e acabar com o ocidente.